“Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é”. As palavras de Clarice Lispector, celebrada na epígrafe de trote, oferecem um caminho para entrar na casa que Jheferson Rosa construiu com a argamassa dos versos. Armado de silêncios e outras violências, o autor joga com imagens concretas para expressar o que se convencionou chamar de história.
Casa — lugar e ideia — não é para o autor um dado definido. Casa é trânsito e, nos poemas deste livro, sentimos como se estivéssemos tateando paredes antes de existirem os próprios cômodos. A segurança de alguns toques é testemunho tanto do conforto de um lar quanto da possibilidade do engano. trote nesse sentido é ambicioso: prefere a ranhura e não tranca portas para esconder corpos ou vozes.R$49,90
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