“Ao nos dispor suas palavras enquanto rastro de quem já passou, Mateus Magalhães permite que o tempo seja o verdadeiro protagonista de outros lagartos”, assim escreve André Santa Rosa no posfácio. Temporalidade, em sua fluidez tantas vezes árida, que na poética do autor alagoano compõe simetrias e desalinhos.
A profusão de vozes, ritmos e intertextos, em outros lagartos, opera como espécie de moldura que, ao mesmo tempo que insinua pertencimento, revela poros e transformações que deixam algo escapar para o caminho da ausência. As palavras de Mateus Magalhães, muitas vezes solares, não se esvaem do humor — o recurso e o líquido — que ao mesmo tempo que acena riso ao leitor, alerta sobre a permanência da mudança da própria leitura.
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